Há perdas que nos fazem perder nosso rumo

As mãos ainda tremem e se torna impossível de conter as lágrimas. Passou o primeiro mês desde a despedida de meu filho querido. Ainda sinto a revolta, a dor que se espalha por todo meu corpo, o desespero de gritar e implorar para que o tempo volte atrás para ver seu rosto uma última vez.

Se existe algo difícil de entender, é um filho falecer antes de seu pai. Eu queria tanto que ele vivesse e que concretizasse seus sonhos, que conquistasse os objetivos que tinha traçado. Se pudesse, eu partiria no lugar dele porque ele foi cedo demais, porque foi injusto tudo ter terminado tão repentinamente.

Nada nem ninguém pode curar as feridas da sua ausência. O tempo pode passar, mas há acontecimentos impossíveis de apagar. Hoje me agarro as recordações boas dos momentos que vivemos juntos para conseguir erguer a cabeça, mas é difícil ter que enfrentar a vida sabendo que não tenho ao meu lado o bem mais precioso desse mundo.