Um ano depois, mãe

Mãe, as leis da natureza mandam que os mais velhos partam mais cedo que os mais novos, mas é difícil aceitar isso quando em causa estava a pessoa que mais amava nesse mundo. Hoje faz um ano que você sucumbiu perante a força cruel da morte, e continuo não me conformando, não me acreditando totalmente nesse desfecho triste.

Uma parte de mim vive preso ao passado, agarrado às memórias lindas que guardo de nossas vivências. Lembro a mãe meiga e carinhosa, a mulher lutadora e corajosa, a pessoa bondosa e altruísta que você sempre mostrou ser. Tudo me deixou uma marca tão intensa, que involuntariamente muitas vezes imagino você entrando pela porta da casa, para me dizer que tudo não passou de uma longa viagem, e que está de volta para ficar eternamente ao meu lado.

É apenas o primeiro ano, tudo ainda está bastante presente, mas algumas coisas não vou mudar. Esteja eu onde estiver, sejam quais forem minhas circunstâncias, vou sempre recordar você de forma intensa e sentida, com muita tristeza, mas também com a reverência que merece.